"Coveiro" Quem poderia não condenar o próprio destino? Ainda mais quando se está fadado a ser um monstro errante por toda eternidade. Mesmo se não houvesse luz na cidade de Karakura, a lua cheia imponente no céu tornava tudo visível.
A estudante nem percebera os quatro pervertidos que a seguiam desde que saíra da lanchonete, eles por sua vez não imaginava que os seguia desde o momento em que fumavam em baixo da ponte.
No instante em que passava por um beco, um dos rapazes lhe tampou a boca e a arrastou, enquanto isso, os outros três olhavam em volta se certificando que ninguém notara o ocorrido.
- C*ralho mano! Que pele macia ela tem - lambia o pescoço dela - Vou adorar te usar, sua gostosa.
Por mais que tentasse gritar e se debater, a diferença de força era imensa e não havia chance de escapar. O restante do grupo se aproximou lhe agarrando pelas pernas, forçavam para tirar suas roupas e consumar o ato hediondo.
- Relaxa docinho, garanto que daqui há pouco vai estar pedindo mais - sua mão a apalpava violentamente, não possui discrição alguma em sua perversão.
Observando aquela cena ficava fácil entender como podia existir monstros, ainda estando vivo o mal já está dentro do ser humano, com a morte essa sujeira apenas se liberta e revela sua verdadeira forma.
Com minha cauda golpeie a antena do prédio, fazendo-a cair e esmagar dois deles simultaneamente. Seus companheiros pararam estáticos, descrentes com as mortes repentinas, nesse momento a garota se soltou e gritou por socorro.
- Merda! Segura ela, não deixa escapar! - ambos se levantaram correndo atrás dela.
Depois que passou pela antena, saltei do prédio e fiz o chão tremer com meu peso. Mesmo não me vendo os estupradores sabiam que algo fora do normal estava acontecendo, hesitaram em continuar com sua perseguição permitindo que a garota fugisse.
Apliquei um soco e joguei a antena contra eles, esmagando-os contra o fim do beco. Olhando para trás observei os dois primeiros espíritos surgirem, sua morte surpresa os deixava confuso em relação aquele amontoado de carne e a criatura de aparência repugnante parada sobre.
- O que está acontecendo? - olhava para seu amigo buscando uma resposta.
Avancei contra eles agarrando ambos e os colocando de uma vez dentro da boca, triturando suas almas com meus dentes. Antes de engoli-los completamente as duas últimas almas saíram das ferragens da antena.
- P*rra! Um demônio! - um deles corria contra a parede como se pudesse escalá-la.
- Meu Deus, eu fui pro inferno... Eu realmente "tô" no inferno! - se ajoelhando o pervertido chorava como um bebê.
Parei diante dele, alguém tão maligno realmente merecia estar no inferno, porém, minha sede só lhe forneceria uma eternidade no vazio. Abocanhei o infeliz mastigando-o prontamente, seu amigo desistira de escalar a parede e buscara nessa oportunidade escapar correndo por trás de mim. Sem demora envolvi sua cintura com minha cauda, trazendo-o até meu rosto para que visse os restos de seu companheiro sendo engolido.
- Por favor! Não quero morrer... - repetia o movimento de cruz como se um milagre fosse acontecer no último momento.
- Tolo. Você já está morto - com ma mordida devorei sua cabeça.
Escutei o som de veículo freando bruscamente na rua e o som de uma sirene sendo ligada.
- Foi aqui policial! Eles tentaram me violentar aqui!
Estava satisfeito, não pretendia atrair mais atenção. Cravando minhas garras escalei rapidamente a parede, ainda essa noite retornaria para o Hueco Mundo.