Havia saído de casa, procurando mais um daqueles monstros, já que o único meio de achar seus caçadores, era achar a presa.
Perigoso? Claro, mas apenas sentar e esperar me soa muito mais desagradável. Em meio a minha passeata pela cidade, ouço um grito feminino.
O sol estava atrás das nuvens, a temperatura estava bem amena e o ar estava refrescante, mesmo sem muito vento, quando repentinamente, ouço um grito;
" Não! Hyaaaih!!! "
- Hmm? Isto poderia facilmente ser uma garota com medo de baratas, entretanto um sentimento me fez averiguar.
Fui rapidamente até onde ouvi o grito, não parecia longe, era logo na dobrada da esquina, um beco sem saída, estava deserto, exceto por uma mulher e um assaltante com uma faca.
- Hey, zé ruela, pega a bolsa e vaza logo daqui. Não conhecia a mulher, e não tinha motivos pra não ser indiferente nesta situação. Talvez um senso de justiceiro me desse motivos para arrebentar ele, porém eu tinha mais o que fazer, que pena.
- Comé quê é moleque? Tá querendo mandar em mim seu pirralhozinho de bosta? O homem pegou a bolsa da mulher e a empurrou com força, derrubando-a no chão.
Me virei encarando-o com ódio, de nenhum motivo já havia três; Ele feriu a mulher, ele me ofendeu e, o mais grave, ele me desobedeceu.
- Por que caralhos um verme como você desobedeceu minhas ordens? - Meu tom era visivelmente de raiva e superioridade.
- Tá pensando o quê? 'Cê vai 'morrê' seu merdinha! - Dito isso, ele correu em minha direção.
Rapidamente me agachei, pegando um cano enferrujado, o segurava como uma lança de uma mão, enquanto usava o braço esquerdo como ''escudo'', ao se aproximar o suficiente, tentou me golpear com a faca, dei um rápido pulo para trás e tentei agarrar seu braço com a mão esquerda, o que falhou e por isso recebi uma joelhada no estômago, em instinto dei um forte balanço com o braço, fazendo um golpe em arco com o cano, do chão até o rosto do bandido, acertando em cheio sua fuça, o sangue do nariz e boca dele espirrou no ar enquanto eu cai para trás, ele recuou com o golpe e em alguns segundos, recuperei o fôlego, me ergui enquanto ele ainda estava com a mão no rosto, segurei o cano com as duas mãos e numa rebatida de beisebol, acertei seu ombro, provavelmente deslocando-o, ele caiu no chão, com um forte chute na sua barriga, retirei a faca e peguei a bolsa.
Fui até a mulher que estava assustada, entreguei-lhe a bolsa, ela ainda estava receosa, mas pegou e logo saiu em um passo acelerado.
" Eu falhei em desarmar ele de primeira... se fosse alguém experiente, podia facilmente ter recebido uma facada. Tsc. "
Sai do beco insatisfeito, logo na saída havia algumas pessoas conversando com a mulher, joguei a faca no chão, próximo deles, enquanto levava o cano comigo na mão.
" Isso pode me ser útil. "
- Cano: