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 [Treino de Progressão] Anne Bonny

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Anne Bonny
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Anne Bonny


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MensagemAssunto: [Treino de Progressão] Anne Bonny   [Treino de Progressão] Anne Bonny Icon_minitimeTer Mar 15, 2016 7:05 pm

O som agressivo da porcelana estilhaçando-se no chão não agradava nem um pouco aqueles que me observavam, julgando friamente com seus olhares mal acostumados. A cidade acolhia diversas personalidades, mas de longe, esta era uma das mais detestantes, muito embora eu não deixasse explícito naturalmente. Agachei-me desviando-me dos olhares repugnantes direcionados à mim. Mesmo que me alvejassem, algo do tipo já ocorria havia bastante tempo, encurtando minhas chances de reação; na verdade, não era exagero dizer que eu havia aceitado a situação, só não sabia como contorná-la.

— Limpe isto, rápido. — ordenou um dos superiores. Ele não possuía uma posição relativamente maior do que a minha naquele estabelecimento, mas mesmo assim me dava ordens. E deus me perdoe, mas também não sabia o porquê de segui-las fielmente. Talvez meu subconsciente soubesse que era o melhor a ser feito, talvez não o melhor, mas o certo. Não queria problemas e sim um trabalho.

— Sim, para já. — assenti com a cabeça, enquanto pegava cuidadosamente cada pedaço da caneca destruída e colocava em um pequeno saco. Terminei de limpar a bagunça que eu mesma fiz logo depois. Tive cuidado, mesmo sabendo que eventualmente outra coisa se quebraria, e eu tomaria mais broncas, talvez até fosse demitida. A breve onda de pensamentos desligava-me do mundo real por um abrupto instante, quado minha atenção fora direcionada para um chamado especial. Eu não era lixeira, era uma atendente. O barulho do dedo fortemente atacando a madeira do balcão era prova de que a mulher ali parada não iria esperar. Isto, talvez, fosse predefinido pela minha própria experiência trabalhística ou de vida.

— Desculpe a demora. O que deseja? — já tive meus dias sombrios, algo como o ocorrido de outrora não deveria por-me para baixo, mas, por que aquela sensação de peso me contraía? O ar suave de dentro da instalação adquiria um aspecto perturbado. O distúrbio na respiração era notável, tive de puxar minha gravata para ter um pouco mais de ar. Reforçar minha respiração, e por fim, não dar brechas de que de certo, estava sentindo-me mal. Mas ela notou, e eu também a notei. Não havia resíduos ou sintomas de que seu corpo sofria com aquela alteração brusca no ar. Seria o ar-condicionado? Só eu estava sentindo?

— D-Desculpe-me. E-eu já volto. — a garota observava-me com uma expressão duvidosa. Preocupou-se comigo indiretamente, e ela sabia. Por fim, me afastei ao terminar de proferir as palavras. Se fosse para desmaiar ou vomitar, não deveria fazê-lo próximo à uma mulher astuta, bem estruturada e bonita como aquela. Poderia perder o emprego.

Nos fundos, respirei calmamente. O ar parecia estar de volta. Ironicamente, eu estava em um ambiente mais fechado do que o anterior, quase não havia luz. Nas fendas da porta a pouca luz que entrava somente iluminava os quatro cantos do quarto, suficientes para que eu pudesse ter uma noção de espaço e saber onde pisava. Saí, logo que me senti melhor. Respirei fundo, mas também tive calma. Era tudo tão rápido, e se perdesse mais tempo ali, notariam. Claro, sempre me notavam.

Abri a porta, girando a maçaneta levemente para que não ouvissem. E não ouviram, na verdade, não havia ninguém ali mais. Ao bater um olhar observativo no balcão, caixa e mesas, soube que estava encrencada. As pessoas dormiam ou estavam mortas? Era uma dúvida inquietante, mas que deveria deixar para depois. Seus corpos estavam caídos, inconscientes.

Antes que pudesse reagir, fui bruscamente desequilibrada por algo sobrenatural. Sequer soube o que era, antes que notasse meu corpo indo de encontro ao chão de madeira bem polido. E mais uma vez, eu estava fodida  [...]

Acordei suando frio. A mudança de clima, local e também sensação tornavam tudo uma reflexão do meu inconsciente ser. A depressão criava forma em cada canto escuro do local, em cada sombra, uma mais sombria que a outra. Evitei olhar, mas hora percebi que era indiferente, não havia o que fazer. Quando me dei conta, soube que estava amordaçada. Não pude mover meus braços direito, e mesmo que pudesse, aquele nó estava muito bem feito, anulando qualquer tentativa de escape que eu poderia imaginar. Tentei falar, mas não saiu mais do que alguns sussuros; tentativas impotentes e um barulho desconcertante, inaudível.

Alguém surgia no fim do corredor. A única luz que tinha era uma fluorescente no canto da sala, próxima à porta donde a pessoa entrou. A luminária tinha um padrão de pisque; e toda hora, quando me distraíra, ela se acendia, roubando-me a atenção de novo. Foi assim por um bom tempo, mas parei de pensar no que aquele padrão poderia significar, sabendo que, no fundo, não significava mesmo nada.

— Você está acordada? Que surpresa. — fora o que a mulher-monstro disse. Mulher pelo tom da voz, monstro pelo que fez comigo. Não pensei em vingança, só queria mesmo sair dali. Não tive como responder, afinal, estava amarrada, mas dei toda atenção que pude fitando-a com um olhar penetrante. Era tudo o que tinha.

A mulher, enquanto se aproximava de mim, balançava algo em suas mãos. Não soube o que era, mas o frio subiu pelas espinhas até se encontrar em meus dentes. O estalo dos sapatos velhos da moça batendo contra o chão de madeira eram irritantes, e por fim, uma estocada. É claro que eu sentia medo, que ser humano não sentiria? Muito embora as razões para continuar a viver uma vida normal já haviam se extinguido a tempos, eu ainda queria viver. Senti fome, vontade de chorar, e tudo que uma garota da minha idade que não conhecia muito além do seu próprio corpo e âmbito social poderia sentir naquele momento. A faca atravessou meu peito, mas eu não sentia mais nada. Um vulto sobressaía, atravessando o meio entre eu e a mulher, a faca encontrou seu destino perfurada no solo mais ao lado, inerte. Uma luz reluzente esmeralda tomava conta do local, quase como um feixe de natal. E foi neste momento, somente, que pude encontrar a esperança.

Eles certamente travariam uma luta, eu esperava isto, mas não pude reagir ou fazer nada além de observar. A luz desaparecia e reaparcia, nos pés, no braço, era como um encenação, um teatro mágico repleto de luzes e bons atores, até porque, os movimentos daquele ser ultrapassavam os limites que outrora julguei humanos. Estava bastante acirrada, para dois corpos fracos, cintilando-se em um ambiente escurecido, sem proferirem uma palavra sequer. Tive a sensação de que deveria ajudá-lo, ao menos para pagar a dívida pela minha vida. Empurrei meu corpo com as forças que tinha para o canto onde estava a faca. A lâmina estava numa boa posição, muito embora a ponta já estivesse quase toda perfurada na madeira. Pus as mãos, contornando a parte cortante, com movimentos repetitivos para cima e baixo, consegui cortar as cordas que me prendiam, tudo isso em um movimento incessante devoto por uma força de vontade insana que nem mesmo eu sabia que tinha. Talvez fosse uma força espiritual me ajudando.

Esperei, e esperei. O momento era oportuno, e havia esperado pacientemente, ofegando suavemente no canto da sala. Quase que não perceberam que eu estava ali. Atravessei a faca no pescoço da mulher, lateralmente. Ouvi um grito, um bero, mas não era humano. Não aparentou ser. Aquele que me salvava pôs uma das mãos no meu ombro e empurrou-me para trás.

— É melhor se afastar. — aconselhou minha salvadora.

Pude vê-lo melhor. Era, também, uma mulher. Longos cabelos dourados e olhos claros, uma estrangeira? Inglesa? A única certeza que tive era de que um anjo havia me salvado. Havia adquirido uma breve experiência lésbica e saciado um de meus desejos mais incomuns, mas não tive coragem de realmente pensar naquilo.

O corpo no chão contorcia-se descontroladamente, sem sair do lugar. Algo saíra de seu corpo, uma substância gasosa, ofuscando todo o corpo. No fim, não sobrou quase nada daquele corpo, apenas uma casca vazia. Logo atrás, a criatura que se formava daquele ex ser humano era realmente grotesco, nunca tinha presenciado algo assim, e se tive, com certeza meu cérebro orquestrou um esquecimento forçado. Uma máscara branca posicionava-se à frente do que deveria ser o rosto do bicho, enquanto o restante de seu corpo e membros era negro puro, salvo as garras brancas e detalhes que não tive chance de perguntar, ironicamente, porque achei que ia morrer.

— É um hollow.  — explicou a donzela dos cabelos de ouro. Não tive palavras para confronta-la, mesmo não sabendo o que ela dizia.  — Se pode vê-lo, você não é comum.  — terminou. Comum? O que deveria ter de errado comigo para não ser considerada comum? Detestava esse tipo de julgamento, mas, se ela dizia, então ela estava certa.

— C-Como assim? Eu não estou entendendo nada..  — eu estava assustada, repleta de dúvidas e queria ir para casa. Algo em meu corpo mantinha-me ali, talvez o desejo de justiça e querer agradecê-la por dois dias inteiros, ou talvez, o meu espírito havia se prendido àquela moça, inconscientemente.

 — É uma criatura de outro mundo. Se alimenta de almas, e parece que ela quer a sua.  — mais uma vez, fiquei presa em um barco naufragando em uma tempestade de dúvidas que não poderiam ser respondidas todas de uma vez só. Antes que eu pudesse atrapalhar a moça mais uma vez, o monstro ainda mostrou-se presente, avançando contra nós. Esperei que a mulher me defendesse mais uma vez, mas ela não o fez. Pois bem, o hollow continuou sua investida, e não parecia que iria ficar satisfeito até me ver morta. O medo consumiu meu corpo por inteiro, paralisando-me até o último nervo de minha espinha dorsal. A atmosfera era alterada, envolvendo-nos em uma energia cintilante azulada, o azul celeste que nos cercou se assimilava a faíscas de pura energia, eletricidade ou era apenas, luz. Aquela performance luminosa partira do meu corpo, e soube que havia uma parte de minha alma ali. Aglomerando-se em um objeto de mesma coloração, os feixes reluzentes formaram um pequeno escudo triangular, propondo-se à defender-nos do monstro.

O momento foi consumido por uma enorme tensão e surpresa. Ainda paralisada, tentava processar o que estava acontecendo, enquanto que com uma cara de surpresa e orgulho, a donzela a alguns passos atrás de mim me admirava indiretamente. O poder era, de certo, mágico, e vinha de mim. Eu era útil para algo, meu coração me dizia isto profundamente. Da parte frontal do objeto defensivo, estacas projetaram-se, perfurando o restante do corpo do hollow, completamente matando-o. Não sabia que estava morto até seu corpo esvanecer em um fumo igualmente escuro. Estava tudo acabado? Ouvi uma doce risada e presenciei um lindo sorriso ao me virar. Quis chorar, de novo, mas não o fiz. Nossos olhares se cruzaram e pude ver com clareza o quão azul eram seus olhos. Azul. Acho que era um das minhas cores preferidas na minha infância. Eu me lembrava suavemente, só não sabia quando foi que minha vida começou a ser preenchida pela escuridão...

Não me lembro de muita coisa deste dia. Sempre que tentava, a mulher ocupava todos os meus pensamentos e eu acabava corada na minha sala, sozinha. Fazia quanto tempo que ela me visitou? Nunca contei, a vontade de vê-la era mais insana que tudo, e a tristeza sempre me quebrava quando pensava que nunca poderia vê-la de novo. Uma maga. Era o que ela dizia. Precisava ajudar pessoas como eu e por isso não nos veríamos por muito tempo, e é claro que tive que concordar. Ela me deixou um cartão, nele havia a letra X cravada em seu centro. Não soube muito bem o que era de início, mas a vida era assim. Perguntas sem respostas. Se quisesse-a, teria de buscá-la. Sorri, antes do meu dia terminar, sob o aconchego do meu teto estrelado; parecia uma criança, mas fui feliz, de novo.

Senjougahara: 150/150/150


Última edição por Anne Bonny em Ter Mar 15, 2016 7:39 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [Treino de Progressão] Anne Bonny   [Treino de Progressão] Anne Bonny Icon_minitimeTer Mar 15, 2016 7:11 pm

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MensagemAssunto: Re: [Treino de Progressão] Anne Bonny   [Treino de Progressão] Anne Bonny Icon_minitimeTer Mar 15, 2016 7:14 pm

editado lixo
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MensagemAssunto: Re: [Treino de Progressão] Anne Bonny   [Treino de Progressão] Anne Bonny Icon_minitimeTer Mar 15, 2016 8:21 pm

Aprovado
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