[RANK D - STEPH] Espiando a Namorada

Novamente eu teria que demonstrar minha total fidelidade e lealdade para com minha divisão, mais uma missão era recebida e como sempre, eu iria realizá-la e retornar aos meus superiores com a resposta, nenhum erro seria tolerado, e nem mesmo deveria ser, afinal, aquilo era a Soul Society, a lendária Seireitei; eu era um rapaz honrado por servir com minha vida ao meu esquadrão. Após receber as ordens, comecei a caminhar, enquanto relembrava o que foi me dito, minutos antes. A missão era um tão 'fora do padrão', entretanto, eu apenas seguia ordens e deveria cumprir a missão, sem desculpas, sem erros. Meu objetivo era nada mais que investir a saída da mulher do Capitão, visto que ele estava se sentido ameaçado, com um pensamento de que sua esposa estava tendo encontros com outro homem, e por isso minha presença era solicitada e cabia a mim descobrir o que realmente estava acontecendo, e claro, sem perder o disfarce a postura.

Estava sentado, na cobertura de uma residência, apenas no aguardo de algum sinal da esposa; era um tanto estranho, afinal, a mulher do capitão também era minha superior, a tenente da divisão, teria chegado a tal ponto? De não confiar nem mesmo um no outro? Mas isso não era o problema, e sim apenas a falta de confiança do Capitão, contudo, eu não era um psicólogo para resolver problemas de casais, eu estava ali apenas como um observador. Esperava, pacientemente enquanto observava minha Zanpakutō, mesmo que fosse somente uma simples espada. Enfim, a tenente estava saindo de sua residência, porém, não aparentando nenhum tipo de emoção negativa, era como se tudo estivesse normal. Eu precisava de mais informações, segui caminho. Sua primeira parada, foi uma conversa com um Guarda que estava fiscalizando os portões da Divisão, a conversa não teve nada de diferente, tudo normal como sempre. O tempo se passava, e cada vez menos, eu estava certo que as chances do capitão estar sendo traído eram menores, ele apenas estava um pouco paranoico.

Em um período de 4 horas seguidas, a tenente não aparentou nenhum tipo de traição, nenhum encontro ou conversa fora do normal com qualquer homem. Após ter realizado todas suas tarefas, seguiu caminho para sua sala, juntamente ao Capitão, e ali eu finalizava minha missão, com a certeza de que a relação entre os dois iria prosseguir, sem nenhum problema. Porém, em um breve descuido, e milésimo de segundo, ela estava fora do meu campo de visão, minhas pupilas tremeram, senti uma leve brisa pairar sobre minhas vestimentas, meus cabelos dançavam junto ao ar, e quando pude notar, a lâmina da Zanpakutō da tenente estava em meu pescoço, com um leve movimento, ela foi capaz de abrir um pequeno corte, resultando em um filete de sangue descer. Nos encaramos olho a olho, enquanto o vento passava pelo local, dando um ar de 'cena de ação', mas nada iria acontecer, ela somente sorriu, dizendo: - Huhuh... Está me seguindo desde cedo, não é? Sei do que se trata, não se preocupe, o meu amado Capitão não está sendo traído, sou uma mulher fiel, meu jovem. Agora, vá. Dispensado - finalizou, com um sorriso calmo e sereno no canto da boca. Virei meus olhos e pude notar que o Capitão conseguiu ouvir a conversa, e aquilo era tudo. A missão estava encerrada.